Se um dia você for para Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste não precisará estudar uma outra língua para se comunicar com os locais. Isso porque, junto com o Brasil, eles formam a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), mas cada um tinha o seu jeito de escrever e ensinar o português.
A ortografia da Língua Portuguesa só foi padronizada depois de 1990 em um acordo assinado pela CPLP. Os países definiram prazos para que a reforma ortográfica entrasse em vigor e no Brasil as novas regras de ortografia passaram a ser obrigatórias somente este ano, em primeiro de janeiro de 2016.
Mas o que o nosso bairro tem a ver com tudo isso?
Pompeia sempre foi escrita com acento agudo no ditongo “éi” e uma das nossas dúvidas era se, depois da reforma ortográfica, esse acento continuava ali, no lugar de sempre. Então, a gente foi atrás da explicação de um dos professores de português mais famosos do Brasil, o Professor Pasquale Cipro Neto.
“No novo acordo ortográfico, o ditongo aberto éi perdeu o acento agudo. A única exceção seria nas palavras oxítonas, por exemplo: anéis. Em paroxítonas, como o nome do bairro onde vocês vivem, o acento agudo deixa de existir”, conta o professor.
Só que, sendo um nome próprio, não se mantém a grafia exatamente igual?
“Não, porque Pompeia é nome de lugar. Se fosse nome de pessoa, o acento agudo seria preservado até a morte da mesma e depois o nome se adequaria à reforma ortográfica”, explica Pasquale.
Logo, Pompéia não tem acento agudo e agora se escreve Pompeia, seja o bairro, a cidade do interior de São Paulo ou aquela do Império Romano.
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